terça-feira, 27 de dezembro de 2011

O Papai-Noel foi criado pela Coca-Cola? Saiba origens do Natal

Fonte: Terra
O Papai-Noel é uma invenção da Coca-Cola?. Foto: Getty Images O Papai-Noel é uma invenção da Coca-Cola?
Foto: Getty Images


Papai-Noel, árvore, ceia e presentes. Chega a época do Natal e começamos a ver tudo isso em todo o lugar (e de vez em quando ouvimos falar de um tal de Cristo). Mas qual é a origem de todos esses símbolos? E da festa - quando e por que surgiu a comemoração do Natal? Segundo Pedro Paulo Funari, professor de história e arqueologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a origem da comemoração e seus símbolos são muito mais pagãos que cristãos.
 
Por que 25 de dezembro?

Conforme Funari, o Natal é derivado de uma festa muito anterior ao cristianismo e ao calendário do ciclo solar. De acordo com o pesquisador, os pagãos comemoravam na época do solstício de inverno (o dia mais curto do ano e que, no hemisfério norte, ocorre no final de dezembro) porque os dias iriam começar a ficar mais longos. "É uma celebração que tem a ver com o calendário agrícola, originalmente. E, como todo calendário agrícola, ele está preocupado com a fertilidade do solo e a manutenção do ciclo da natureza", diz o professor.

Em Roma, essa data era associada ao deus Sol Invictus, já que após o dia mais curto do ano o sol volta a aparecer mais. Quanto ao cristianismo, a comemoração do nascimento de Jesus Cristo só começou a ocorrer no século IV, quando o imperador Constantino deu fim à perseguição contra essa religião. Os religiosos então usam a comemoração pagã e a revestem com simbolismo cristão. Curiosamente, afirma o pesquisador, no final do mesmo século, como a Igreja ganha poder, ela passa a perseguir os pagãos que comemoravam a festa da forma original.
 
Troca de presentes

Segundo Funari, a troca de presentes é um ato comum a todos os povos, independente do capitalismo, por exemplo, ou de religião. Esse ato, desse ponto de vista, é muito mais ligado ao reforço de laços sociais entre as pessoas. No cristianismo, a troca foi associada simbolicamente aos reis magos, que teriam dado presentes de Jesus - em alguns países, como na Espanha, é comum dar presentes apenas no Dia de Reis.

Contudo, durante o século XX, a festa foi perdendo muitas de suas características religiosas (mas não todas) e hoje se apresenta de forma muito mais comercial. "Desvencilhou-se bastante da imagem original (religiosa) para que pessoas, países e povos não cristãos, como os japoneses, também sejam incentivados a ter troca de presentes nesse período", diz Funari, que lembra que muitas pessoas que não são religiosas e até ateus participam de festas de Natal.

"Na propaganda dos presentes em si, não aparece o Cristo, o Jesus. Aparece lá 'compre uma TV moderna', 'compre um aparelho celular'. Na propaganda desses produtos não aparece essa caracterização religiosa. (...) Sabendo-se que as pessoas têm como princípio o estreitamento de vínculos sociais em geral e dentro da família em especial, o capitalismo explorou isso, digamos assim, ao extremo."

Originalmente, afirma o pesquisador, a troca de presentes não estava ligada à tradição do Natal, pelo menos não à festa original. "A troca de presentes na escala moderna é uma invenção do capitalismo."
 
Ceia

A comida de Natal, por outro lado, era comum nas primeiras festas. Na ceia natalina era comum a carne assada porque esses pratos eram considerados mais sofisticados, mais caros, e serviam melhor para uma situação especial. O porco, assim como o peixe, era uma das carnes mais comuns.

O peru foi introduzido apenas no século XVI. A ave é originária das Américas e se popularizou rapidamente na elite da Europa quando foi levada ao continente. Por ser mais caro, o peru virou a carne das grandes ocasiões.
 
Papai-Noel

Funari afirma que o homem chamado Nicolau que viveu na Antiguidade e que virou santo não tem nada a ver com o Papai-Noel, apesar de muitas versões dizerem isso. A figura tem origem em tradições germânicas e nórdicas. O protestantismo, que buscava um simbolismo diferente da comemoração católica - que enfatizava a figura do presépio - utilizou o personagem.

Já a imagem que conhecemos do Papai-Noel tem uma origem muito mais comercial. A figura de um velhinho com roupa vermelha e branca foi criada e difundida pela publicidade da Coca-Cola no século XIX.

"A gente pode dizer que o Papai-Noel como a figura que a gente conhece é uma invenção da Coca-Cola e dos meios de comunicação de massa", diz o pesquisador. O papel da mídia, afirma Funari, foi difundir essa imagem. O cinema e outros meios trouxeram a imagem criada pelos publicitários ao Brasil.

"Se você for olhar os jornais brasileiros do início do século XX, no período do Natal, você encontrará referências ao presépio(...) não se fala em Papai-Noel", diz o pesquisador, que lembra que nos dias atuais o presépio praticamente sumiu dos meios de comunicação.
 
O pinheiro

A origem do pinheiro é bem parecida: era uma figura germânica e nórdica que foi absorvida pelo protestantismo. Aqui, a decoração chegou com influência principalmente do cinema - apesar de não ter tido um patrocínio de peso, como teve Papai-Noel. Para o pesquisador, os símbolos atuais do Natal foram tão importados quanto o Halloween, do qual muita gente reclama.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

12 Motivos para casar com um Historiador


Por que eu achei divertida a idéia hahahaha.



1. Nunca vai faltar assunto.
Historiador sempre tem uma história pra contar, é legal quando você tem um “figura” do seu lado que tem a cabeça ampla pra as mais diferentes conversas, assuntos, papos, e uma opinião formada mesmo daquilo, ele nunca terá problemas em ser “social” mesmo que seja tímido, tem papo pra tudo.
O único problema é quando o historiador contrariar sua família toda naquele almoço de domingo dizendo que tudo que todo mundo disse tá absolutamente errado e estragar o almoço err…

2. Ele dificilmente irá julgar sua família, amigos, etc…
Estudamos todo tipo de civilizações e forma de viver dos seres humanos, então é mais fácil a gente se surpreender com eventos naturais óbvios do que com os “complexos” seres humanos, pra estudar todo tipo de forma de vida de um ser humano é necessário tentar compreender aquele estilo de vida.
Também jamais irá julgar você pela aparência, ainda mais se ele for fã da teoria da sociedade da imagem.
Então, por consequência quebramos preconceitos, se você namora um historiador fica tranquilo quanto a aquele primo anti-cristo, aquele amigo esquisito, normalmente nunca será julgado, agora quanto a parte de tirar sarro, er não garanto.

3. Todo tipo de regra imposta o historiador normalmente não dá a mínima.
Então se sua preocupação era quanto a onde vai ser o casamento, se você foi “crismada” ou não, que seja, pro historiador é o de menos, ele se importa com tudo menos com os esteriótipos, isso se ele não tiver uma alergia a catolicismo, então naturalmente o importante é que a união dê certo, então ele fará de tudo para que a união mesmo dê certo e dificilmente irá se importar com o preconceito do povo.

4. Se você acredita em outras vidas, o historiador já está pagando sua dívida.
Porque provavelmente ele é professor, então todos os atos ruins da vida passada provavelmente ele já está resgatando como uma boa pessoa.

5. Você será trocado, mas fique tranquilo.
Será no máximo por um livro do Karl Marx ou do Max Weber.

6. No natal, aniversário, dia dos namorados, etc, você não terá problemas em presenteá-lo.
Você sabe que se você der aquele livro que ele tava querendo DAQUELE AUTOR que ele adora provavelmente ele vai ter orgasmos múltiplos de felicidade.
Ou então dê uma estatuazinha do deus Osíris, ou de Afrodite, qualquer coisa relacionada a mitologia que vai ter um ar de “uma pessoa que ama história mora por aqui” também é legal.

7. Ele tem pose de nerd mas isso não quer dizer que seja um.
E principalmente não quer dizer que ele seja certinho, quanto mais se estuda a humanidade menos afim de ser correto nos padrões da sociedade você fica, ele pode ser um capeta, mas tem aquela cara de pessoa certinha e esforçada, o que te poupa explicações, e ele sabe muito bem o que é ridículo pra sociedade e vai te poupar de certas vergonhas alheias.

8. Até os programas de índio vão ser interessantes pra ele.
Nada mais legal do que sentir na pele o que é ser uma sociedade livre do estado, sem regras, sem leis, sem naaada.

10. Não sabe em quem votar na eleição, pede um palpite pra ele!
Só não espere que ele vá sugerir que você vote em partido de direita, aliás se você votar em partido de direita será um motivo pra união ser questionada.

11. Ele pode parecer revoltado, anarquista, socialista, mas no fundo ele só quer o bem de todos.
Então você jamais estará do lado de uma pessoa individualista, pois como estudante de humanas ele sempre pensará no todo e não somente nele mesmo.


12. Quanto mais você estuda, mais medo de falar bobagem você tem.
Então pode contar com ele na hora de jogar na roda aquele assunto difícil, aquela lavação de roupa suja, normalmente ele vai ser bem cauteloso com as palavras, a não ser que você tenha testado demais o santo dele, ai eu já não garanto afinal, fazer história não é como fazer letras não é minha gente?